quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Sete princípios do design universal

Os princípios do Design Universal são conceitos de acessibilidade que o designer de produto deve ter em mente ao desenvolver um design que seja praticável a todos.
Consideramos um design que seja acessível a todos aquele que prevê o uso do produto em diferentes situações, as múltiplas funcionalidades que pode ser atribuído e a habilidade do usuário, não importando a idade.
Para você se situar melhor, o termo Design Universal foi cunhado nos anos 70 por Ronald Mace, fundador do The Center for Universal Design, nos EUA. Este estudo surge a partir do Design Acessível (acessibilidade).

1- Uso equitativo
O design precisa ser útil, comercializável, atraente e seguro para pessoas com diferentes habilidades sem estigmatizar ou segregar qualquer usuário.
2- Flexibilidade de uso
Englobar uma extensa variedade de preferências e habilidades pessoais, permitindo escolha do método de utilização, adaptabilidade ao ritmo e precisão do usuário.
3- Uso intuitivo
A compreensão do design deve ser independente da experiência do usuário, conhecimento, competência lingüística ou concentração. Deve também eliminar as complexidades de uso, corresponder às expectativas e intuição do usuário, hierarquizar informações e fornecer feedback ao concluir uma tarefa.
4- Informação perceptível
Ser capaz de comunicar e informar, independentemente da habilidade do usuário ou ambiente em que se encontra. Precisa diferenciar e contrastar elementos, utilizar diferentes meios de apresentação (pictórico, verbal, tátil) e permitir o acesso a estas informações às pessoas com limitações sensoriais.
5- Tolerância ao erro
Precisa atenuar os riscos e conseqüências adversas de ações acidentais ou involuntárias. Deve fornecer avisos de perigo, falha ou erro, manter isolado elementos perigosos de tarefas de rotina e prevenir ações inconscientes em tarefas que requerem atenção.
6- Baixo esforço físico
O design deve ser utilizado de forma eficiente para que seja confortável com o mínimo de fadiga. Precisa permitir que o usuário mantenha uma posição neutral do corpo e realizar esforços de trabalho razoáveis para a tarefa, eliminando ações repetitivas e esforço físico excessivo.
7- Tamanho e espaço para acesso e uso
O espaço fornecido para aproximação, uso, alcance e manipulação deve ser apropriado independentemente do tamanho do corpo do usuário, postura ou mobilidade. Deve fornecer uma visão clara de elementos importantes e acesso a todos os elementos, independentemente do usuário estar sentado ou em pé, e proporcionar espaço apropriado para a utilização de ferramentas de auxílio ou assistência pessoal (ex.: cadeira de rodas).


sábado, 14 de setembro de 2013

MISSÃO NETUNO - Petrobras



“Senhores, vocês já devem ter ouvido falar em cápsulas do tempo.”
“Aquela brincadeira em que você guarda uma mensagem sua, pra você mesmo ler no futuro.”
“Agora imagine sua mensagem sendo enviada por robôs ao fundo do mar. Dois mil metros de profundidade.”
“Imaginem receber essa mensagem de volta daqui 10 anos. Quanto será que você terá mudado nesse período? Quais dos seus sonhos foram realizados?”
“É ou não a cápsula do tempo mais sinistra que vocês já viram?”
“A Petrobrás lançou o projeto Missão Netuno, que vocês podem conferir clicando AQUI."
“Eu já enviei a minha. Vai ficar de fora? Melhor correr, é só até Domingo!”
“Eles ainda farão um documentário sobre todo o projeto.”
“Valeu.”

- Cauê Moura


Faça parte dessa inspiradora jornada submarina.
(só até amanhã)


terça-feira, 10 de setembro de 2013

Gestalt: Introdução às suas Leis

O estudo da Gestalt e, conseqüentemente, da forma de percepção humana, fez com que os psicólogos percebessem a existência padrões de comportamento visual. Estes padrões são a base para as Leis da Gestalt – ou Princípios da Gestalt.


O que são as Leis?


Estas Leis são parte de um comportamento natural do cérebro que regem a compreensão das formas visuais. Elas nos dizem sobre o comportamento do olhar, organização perceptiva e sobre os atalhos mentais que nosso cérebro cria para resolver as formas visuais.

Atalhos mentais

Nosso cérebro, em vez de decifrar cada parte da forma visual, ele lê a soma do todo (a supersoma que já falamos aqui). Isso porque, para ele – o cérebro – o todo é mais importante que a parte.
Por isso, quando vemos uma árvore, não reparamos em tronco+galhos+folhas+frutos e sim no objeto do conjunto final que é a árvore.
Deu para perceber primeiro o círculo e, em seguida, os elementos que formam este círculo, pode ser?

Quais são as Leis?



Se você já ouviu falar delas, mas com outro nome, não se preocupem pois o conceito é o mesmo. Para a base desta série de posts, utilizo as nomenclaturas sugeridas por João Gomes Filho no livro Gestalt do objeto: Sistema de Leitura Visual da Forma.

Muitas vezes iremos encontrar citações sobre o assunto tratando-o como Princípios da Gestalt em vez de Leis da Gestalt. Alguns teóricos defendem o uso do termo Princípios por serem “muito parecidos com heurísticas, que são atalhos mentais para resolver problemas” (do site Linguagem Visual).

Unidade

A Lei da Unidade diz respeito à conceituação de um elemento, que pode ser construído por uma única parte, ou por várias partes que em conjunto constroem este elemento. Veja o exemplo abaixo:

O “T” é uma unidade visual contínua, que fecha em si mesma. Entretanto, o “E” é uma unidade visual composta por quatro partes, formando um só elemento.

Os elementos de uma imagem podem ter relações formais com elementos dentro do todo, formando subunidades. As partes podem ser percebidas por sua cor, textura, traçado, volume e/ou outros dentro de um mesmo elemento.



Segregação

Esta Lei fala sobre a capacidade que o cérebro tem de perceber, identificar, separar e destacar informações dentro de uma composição. Isto pode servir para definir hierarquias ou diferenciar partes da composição/unidade.
Dependendo do contraste, peso ou estímulo causado pelo elemento visual, ele terá mais destaque ou se diferenciará de outros elementos da mesma composição.

Esta linda e deliciosa bola de sorvete napolitano é composição visual. Que tal considerarmos seus sabores como a segregação das informações, separados pela cor, dentro do mesmo elemento? Continua sendo uma bola de sorvete.
Tudo bem entendido até aqui? É comum confundir alguns conceitos quando começamos a estudá-los pela primeira vez. Vou dar mais um exemplo:
Aqui no Collyrium Designer temos este blog que você está acessando agora. Você pode perceber o blog inteiro como uma unidade e suas partes (cabeçalho, menu, corpo e rodapé) como subunidades. Dentro destas unidades e subunidades, temos informações que estão segregadas: no corpo do blog (ou unidade de texto) o título está segregado.

Estes conceitos nos auxiliam a entender o percurso visual realizado pelo receptor da mensagem. Assim, podemos definir como utilizar melhor os recursos visuais e como disponibilizar as informações de uma composição.


Unificação

A Unificação é a igualdade/harmonia dos estímulos visuais transmitidos pelos elementos visuais que constroem uma composição. Quanto melhor o equilíbrio dos elementos visuais, maior é a sensação de Unificação.
Um exemplo bem simples é o do aro da bicicleta. Os raios estão distribuídos de forma tão simétrica e tão harmoniosa que parecem estar unidos.


O mesmo acontece se observarmos formas mais complexas, como a Torre Eiffel. A Proximidade e a Semelhança (outras Leis da Gestalt) entre os elementos visuais colaboram na percepção da unificação do objeto. Claro que, em algumas situações a Unificação está em “menor escala”. Isto porque a Unificação depende justamente do equilíbrio (mencionado também no mundo acadêmico como organização formal) dito acima.


Fechamento

É a “pegadinha visual” mais legal de ser utilizada no design. O Fechamento é a Lei da Gestalt que faz com que nosso cérebro produza contornos e/ou faça fechamentos que não existem. O que pode ser chamado de “Fechamento Sensorial da forma”.
Está vendo um quadrado? Eu também! Mas não existe nenhum quadrado ali.
Isto acontece porque tendemos a fazer o fechamento da estrutura imaginando a continuidade da sua estrutura, seguindo uma ordem espacial lógica.
O Fechamento é uma Lei da Gestalt muito bacana de utilizar no design, mas devemos fazer algumas considerações.
1- Fator cultural: o objeto que você irá representar é comum a uma cultura/região? Cuidado ao transportar este conceito para outras culturas. As pessoas podem não reconhecer a forma desejada por não estarem visualmente habituadas com aquele objeto.

2- Seja claro: mesmo dentro de uma mesma cultura, um objeto pode não ser reconhecido. Será que você está sendo claro com sua mensagem? Algumas vezes os elementos podem estar um pouco distantes, ou então, o contraste pode não estar ajudando a reconhecer e a forma visual. Eu só descobri que o logo do Carrefour era um “C” depois de velho, em uma aula na faculdade.

Continuidade

A Continuidade é a Lei da Gestalt a respeito da fluidez de uma composição. Se os elementos de uma composição conseguem ter uma harmonia do início ao fim, sem interrupções, podemos dizer que ele possui uma boa continuidade. Esta harmonia pode ser feita através de formas, cores, texturas, etc. Por exemplo: uma paleta de cores que começa no tom mais escuro e termina com o tom mais claro.


A continuidade é importante para que o cérebro decifrar melhor o código visual de uma composição. Ou seja, facilitar a compreensão e a comunicação de uma peça gráfica, por exemplo. Em uma linha contínua de pontos, nosso cérebro reconhece aquela continuidade como uma linha. Assim ele não precisa decifrar cada forma (que seriam os pontos).



Proximidade

Nosso cérebro tende a agrupar formas que estão próximas. Isto pode acontecer para formar o conceito do todo (quando várias partes formam um só elemento visual) ou para formar grupos de uma composição visual.
Vamos usar a imagem do teclado como exemplo.

A proximidade de todas as formas constrói uma composição visual: o teclado.
A proximidade das teclas pretas forma grupos de duas teclas e de três teclas.
O agrupamento da forma é comumente constituído por sua semelhança. Formas semelhantes tendem formar uma proximidade visual muito maior que formas não semelhante. No exemplo acima, além da proximidade, a semelhança de cor e forma das teclas faz com que se tenha uma noção melhor de proximidade.

Portanto, o agrupamento de formas pode criar grupos e subgrupos visuais que irão fazer parte de uma composição visual.



Semelhança

Vimos no post passado que a Proximidade agrupa as informações visuais para facilitar o trabalho do nosso cérebro ao fazer a leitura visual. O mesmo acontece com a Semelhança. Objetos tendem a se agrupar visualmente quando têm características semelhantes. Esta característica pode ser a forma, cor, direção, textura, etc.
Podem ter formas diferentes, mas estão semelhantes na cor. Isto auxilia na distinção de outros objetos


Pregnância da Forma

Podemos dizer que a Pregnância da Forma é a mensuração da eficiência da aplicação das Leis que vimos aqui nesta série. João Gomes Filho, diz em seu livro “Gestalt do Objeto – Sistema de leitura visual da forma” o seguinte:
“[...] uma boa pregnância pressupõe que a organização formal do objeto, no sentido psicológico, tenderá ser a melhor possível do ponto de vista estrutural.”
A Pregnância é então a medida facilidade de compreensão, leitura e identificação de uma composição visual. Quanto maior a Pregnância, maior será a rapidez da leitura da forma pelos nossos olhos e, sendo assim, melhor será a comunicação e entre o objeto (ex.: peça gráfica) e o receptor (ex.: público).

O anúncio da Leo Burnett criado para o Instituto Akatu brinca com a Pregnância da Forma. São tantos elementos na imagem que chega a ser difícil a compreensão de todos os elementos. Podemos classificar a imagem como uma composição de baixa pregnância.
Agora vamos analisar a capa do CD Take Off Your Pants And Jacket do da banda blink-182.

A unidade maior (capa) possui duas subunidades: nome da banda (esq.) e ícones (dir.). Elas estão divididas assim pela distância entre eles. A subunidade da direita, formada por três elementos (círculos coloridos) se agrupam devido a sua proximidade e pela semelhança da forma (pois são círculos).

A compreensão destes elementos foi bem simples, não? Sei que poderia ser mais ainda, mas mesmo assim podemos dizer que a composição visual desta peça é de alta pregnância.


III Festival Internacional Brasil Stop Motion


O Stop Motion se tornou uma técnica de animação quadro a quadro muito conhecida e querida pelas pessoas nos últimos anos, principalmente depois de produções como A Fuga das Galinhas e A Noiva Cadáver. Se você também é um aficionado por Stop Motion e tem bons trabalhos para mostrar tenho uma ótima notícia para você!
De 26 a 30 de novembro vai rolar em Recife (PE) o III Festival Internacional Brasil Stop Motion. O evento é o único da América Latina exclusivamente dedicado a essa técnica centenária de animação.
Além de mostra competitiva, sessões especiais e de convidados, o festival vai promover oficinas e conversas com diversos profissionais nacionais e estrangeiros. O palco disso tudo será o cinema São Luiz, uma das mais tradicionais e belas salas de exibição do Brasil.
Interessou-se? Corre lá no site pra se inscrever e ler o regulamento completo. As inscrições devem ser feitas até o dia 01 de outubro:

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Fundação ANAR cria mensagem publicitária que só criança vê

Fundação ANAR disponibiliza na Espanha um número de telefone (116 111) para atender crianças e adolescentes em situação de mau trato que precisam de ajuda. Mas como fazer para que esse número seja visto por uma criança vítima de abuso, mesmo quando ela é acompanhada por seu agressor?
Sabendo da altura média para adultos e crianças menores de 10 anos, a agência GREY Espanha criou duas mensagens diferentes. Através de impressão lenticular,  o painel publicitário mostra uma mensagem para conscientizar os adultos sobre o assunto, enquanto as crianças veem outra mensagem, onde é oferecida ajuda e lhes mostra o número de telefone da fundação.




segunda-feira, 2 de setembro de 2013

PRÊMIO ABRE DA EMBALAGEM BRASILEIRA



O Prêmio institucional da indústria brasileira de embalagem é realizado anualmente desde 2001. Em média são 400 embalagens inscritas por edição e os vencedores podem participar do WorldStar, prêmio mundial do setor concedido pela WPO (Organização Mundial de Embalagem), além de serem expostos na feira PackExpo, nos Estados Unidos.
O Prêmio ABRE da Embalagem Brasileira tem como objetivos principais:
  • Eleger as embalagens que se destacam como ícones de excelência em QUALIDADE, TECNOLOGIA, DESIGN, FUNCIONALIDADE E INOVAÇÃO;
  • Eleger os drivers que são os ícones em soluções para o mercado e para os consumidores;
  • Conferir relevância ao setor por meio de uma premiação importante e diferenciada;
  • Incentivar a eficiência dos processos;
  • Incentivar o desenvolvimento sustentável;
  • Promover a integração dentre a cadeia produtiva;
  • Promover a interface com a sociedade;
  • Promover os produtos nacionais em mercados externos por meio da embalagem e assim valorizar a Marca Brasil.
Este é o único prêmio do setor que conta com as categorias Voto Popular Profissionais e Voto Popular Consumidores. O júri técnico é selecionado entre os profissionais e as entidades mais respeitadas e de renome no cenário nacional. A cerimônia de premiação é um evento à parte que reúne cerca de 350 participantes todo ano.


Cerimônia de Premiação
Data: 18 de setembro de 2013
Horário: a partir das 19h00
Local: Buffet Tôrres – Salão Imarés
Avenida dos Imarés, 182 – Moema
São Paulo – SP
Associado ABRE ou concorrente ao Prêmio: R$ 300,00
Não associado: R$ 380,00
 (desconto especial a partir do 4º convite)
Adesões até 11 de setembro
Mais informações: Haline Del Bem
11 3060-5516 | eventos@abre.org.br